
Geralmente o choro feminino
é choro incompreendido,
é como aquele taifeiro que,
na arrumação do salão
coração,desejasse lavar
a sombra ali deixada.
É, quase sempre,
choro de mulher apaixonada
e abandonada.
É choro que só carinho de amor
do novo sairá
e saberá fazer cessar,
mas é choro bendito
que rega novas sementes,
sacia a sede da passarinhada.
E de repente ela diz,
tonta de espanto,
meio assustada...
não acredito,secou meu pranto.
Está redondamente enganada
pois não enxerga
então faz confusão,
porque um novo amor,
sem qualquer pudor já está
a lhe alcançar para,
novamente,molhar seu coração!
Gui Oliva