Um Olhar Feminino
30 de Janeiro de 2010

Felicio e Fernanda formavam um casal de entendimento quase que perfeito, se é que é possível um casal, formado por duas pessoas distintas, chegar no limite da perfeição. Eles eram e viviam a felicidade a ponto de causar inveja a quem viesse conhecer ou testemunhar a intensidade do amor que os envolvia. Duas almas que se uniam de tal sorte a parecerem ser uma única pessoa.
            Ela separada, ele viuvo, já haviam superado a barreira dos quarenta anos de idade, contudo vibravam e sonhavam qual dois adolescentes. Para eles era verdadeiro o ditado que diz: “A vida começa aos quarenta anos” , sentiam que para eles a vida estava realmente começando.
            Aliás, no clima idílico que viviam eles nem percebiam a vida fracionada em horas, dias, semanas, meses ou anos, era como se a existência fosse uma peça só, bordada de ponta a ponta pela bordadeira mor, a dona felicidade.
            Até a vida e o tempo pareciam parar para observá-los e se emocionar com o carinho que os dois partilhavam.
            Não se lembravam quando se falaram pela primeira vez e nem se preocupavam o quanto isso significava no tempo, queriam apenas usufruir do amor mútuo que os unia.
            Assim sem notar, eles já vinham celebrando diariamente a alegria de mais de quatrocentos dias juntos, fossem estes dias de sol ou chuva, feriado de gala ou mesmo uma comum segunda-feira.
            Namoravam e se falavam todos os dias, na mesma hora, no mesmo lugar, religiosamente sem falhar um dia sequer. Essa comunicação diária, as afinidades que desfrutavam, até as carências de cada um, os ligavam, ou melhor escreviam em nome deles uma linda história de amor.
No clima de felicidade que viviam, um dia sem trocar uma palavra corresponderia a um século de ausência, uma hipótese não cogitada por eles. Mas um dia...um triste dia...Felicio não apareceu...
 
Uma lacuna incomensurável estava se abrindo na vida do casal. Uma ausência significativa que se multiplicava aos milhares, aos milhões a expectativa do dia seguinte. Nova frustração, Felicio faltou novamente ao sagrado encontro dos dois. Apenas um silêncio frio e secular se fez presente embalando as lágrimas de Fernanda.
Não se falaram na segunda, nem na terça, nem na quarta, o que teria acontecido? Se perguntava a mulher carregando no peito uma saudade de três séculos. Era muito tempo para ela assimilar, muito tempo mesmo para quem estava acostumada a falar com o amado todos os dias.
Fernanda não sabia o que pensar e muito menos o que fazer. Quem havia aprendido apenas sorrir nos últimos tempos, agora precisava aprender a chorar, lamentar uma ausência de quase uma semana de quem mais amava. Incrível, se conheciam a mais de ano, mas ela não tinha o endereço dele, nem telefone, nada. Restava a mulher chorar uma ausência que parecia mutilar a metade de sua vida, talvez sua existência toda.
 
No Domingo, exatamente uma semana depois, o telefone com estridência soou interrompendo o pranto silencioso da mulher, que desesperada correu para o aparelho.
 Alo ! É a Fernanda ? – Falou uma voz feminina vindo do outro lado da linha.
 Sim sou eu. – Respondeu a mulher enxugando as lágrimas com as costas da mão.
 Aqui quem fala é a filha do Felicio...
Para Fernanda que nunca houvera mantido contato com nenhum familiar do namorado, aquele telefonema não parecia trazer boa notícia.
 Filha do Felicio ? Sim...deixa eu falar com seu pai...
 Ele não está, quero apenas comunicar algo a senhora que era vontade expressa dele.
 Vontade expressa? Você fala como se o seu pai estivesse morto!
 Infelizmente está. – Afirmou de chofre a voz em pranto do outro lado. Um colapso fulminante levou papai na segunda-feira.
 E só agora você me avisa menina ?
 Desculpe-me senhora. Foi apenas hoje revirando os documentos de meu pai que encontrei um bilhete e o seu telefone. O bilhete dizia, que se alguma coisa grave acontecesse a meu pai, a senhora deveria ser a primeira pessoa a ser avisada.
Fernanda estava arrasada e sem forças para mais nada, mal conseguiu colocar o fone no gancho caindo novamente em prantos. Queria tanto saber a razão da ausência do amado e agora recebia a notícia com todas as letras, no fundo ela sabia que só mesmo a morte poderia justificar a ausência tão prolongada de Felicio.
Tropegamente a mulher caminhou até a biblioteca e sentando-se a frente do computador, conectou-se na internet, indo diretamente para a estação “bate-papo”. Ela não queria acreditar nos fatos, Felicio haveria de estar ainda entre os tantos apelidos que na faixa etária dos quarenta e cinqüenta anos ali diariamente se apresentavam, Procurou...procurou...procurou... e em vão.
Ela e Felicio se conheceram ali, nunca tinham se encontrado pessoalmente, moravam a mil quilômetros de distância um do outro, mas se amavam mais que muitos que vivem a vida toda juntos.
Depois de meses de solidão, procurando um nick que se apagara de vez na internet, Fernanda passou a se refugiar em salas vazias, quem sabe a sós pudesse falar com o além, falar com o seu amado e saudoso Felicio.
 
Foi um dia desses que eu passando pelo “bate-papo”,ao ver uma pessoa sozinha em uma sala, por curiosidade resolvi entrar.O meu apelido quando freqüento o “chat” é Camaleão.
 
 Camaleão entra na sala
 
Camaleão fala para Fernanda: Bom dia! Tudo bem?
O silêncio foi a resposta. Cinco minutos depois eu insisti.
 Tudo bem Fernanda?
 Camaleão! O que você faz numa sala vazia?- Disse ela.
Não sei. Talvez o mesmo que você.
Novamente o dialogo foi cortado pelo silêncio.
Uma outra vez insisti.
Fernanda,estou triste...muito triste...Talvez o silêncio me traga aqui.
 Triste por que?Posso saber ? –Perguntou Fernanda.
 Por um erro involuntário meu, eu perdi uma amiga, ou melhor a mulher da minha vida.
 Perdeu?Não tem volta?– Indagou minha interlocutora.
 Se dependesse de mim, jamais iria me privar da companhia dela, não depende só de mim, não sei se ela me perdoa e volta.
 Se realmente ama e sente falta dela, procure-a, vá a luta.- Disse a mulher com voz de guerreira.
 Ela deve estar escondida nos milhares de apelidos que proliferam por aqui, é como procurar uma agulha em um palheiro.
 Não tem o telefone dela?
 Não!
 E-mail?
 E-mail tenho, mas as mensagens que mando voltam. Ela deve ter mudado o endereço da caixa postal ou então bloqueia as minhas mensagens.
 Amigos comuns que possam localizá-la?- Disse a mulher.
 Não possuíamos amigos, era eu e ela e nosso virtual romance.
 Se é como diz, se vale a pena procure a sua Camaleoa. Procure sem nenhuma trégua, não desista nunca amigo...
 Mas como vou encontrá-la entre tantos nomes fictícios?
 Camaleão, sua amada está aqui, qualquer hora vocês se cruzam e podem se entender. Amigo, já eu procuro alguém que não está mais aqui entre nós e ainda assim o procuro...
 
Foi quando ela me contou a sua história de amor com Felicio. Fernanda estava certa. Diante dela eu não tinha razão nenhuma para lamentar e sim milhares de motivos para lutar.
 Obrigado Fernanda, em nome do amor eu vou a luta.
 É assim que se fala amigo.- Disse a mulher saindo da sala.
Sai da sala também com um único propósito:
          Camaleoa, onde quer que você esteja me aguarde...eu vou encontrá-la e nessa hora que Deus te proteja e me proteja também, porque eu posso matá-la ou morrer de tanto amor.
conto de Mario Neves

 
publicado por umolharfeminino às 19:14 link do post
29 de Janeiro de 2010

  
   
 
Mãe,
Aqui, agora e a sós
Quero lhe pedir por todas nós
Por aquelas que foram escolhidas
Para dar a vida
Mulheres de todas as espécies
De todos os credos, raças e nacionalidades ;
 
Todas aquelas nas quais a vida
Está envolvida em sorrisos, lágrimas,
tristezas e felicidades
Aquelas que sofrem por filhos
que geraram e perderam
As que trabalham o dia inteiro
Em casa ou em qualquer emprego;
 
Quero pedir pelas mães
Que penam por seus filhos doentes
Quero pedir pelas meninas carentes
E pelas que ainda estão dentro de um ventre;
 
Pelas adolescentes inexperientes
Pelas velhinhas esquecidas em asilos
Sem abrigo, sem família, carinho e amigos
Peço também pelas mulheres enfermas
Que em algum hospital
aguardam pela sua hora fatal;
 
Quero pedir pelas mulheres ricas
Aquelas que apesar da fortuna
Vivem aflitas e na amargura
Peço por almas femininas mesquinhas,
pequenas e sozinhas
Por mulheres guerreiras a vida inteira
Pelas que não têm como dar a seus filhos
o pão e a educação;
 
Peço pelas mulheres deficientes
Pelas inconseqüentes
Rogo pelas condenadas,
aquelas que vivem enclausuradas
Por todas que foram obrigadas
a crescer antes do tempo
Que foram jogadas na lavoura
Ou em alguma cama devastadora;
 
Rogo pelas que mendigando nas ruas
Sobrevivem apesar dessa tortura
Pelas revoltadas,
as excluídas e as sexualmente reprimidas;
 
Peço pela mulher dominadora e pela traidora
Peço por aquela que sucumbiu sonhos dentro de si
Por todas que eu já conheci
Peço por mulheres solitárias e pelas ordinárias
As mulheres de vida difícil
e que fazem disso um ofício
E pelas que se tornaram voluntárias
por serem solidárias;
 
Rogo por aquelas que vivem acompanhadas
Embora tristes e amarguradas
E por todas que foram abandonadas
As que tiveram que continuar sozinhas
Sem um parceiro, um amigo, um ombro querido;
 
Peço pelas amigas
Pelas companheiras
Pelas inimigas
Pelas irmãs e pelas freiras
Suplico por aquelas que perderam a fé
Que se distanciaram da esperança
Quero pedir por todas que clamam por vingança
E com isso se perdem em sua inútil andança;
 
Rogo pelas que correm atrás de justiça
Que a boa vontade dos homens as assista
Peço pelas que lutam por causas perdidas
Pelas escritoras e as doutoras
Pelas artistas e professoras
Pelas governantes e pelas menos importantes
Suplico pelas fêmeas
que são obrigadas a esconder seus rostos
E amputadas do prazer vivem no desgosto;
 
Quero pedir também pelas ignorantes
E por todas que no momento estão gestantes
Por aquela mulher triste dentro do coração
Que vive com a alma mergulhada na solidão
Por aquela que busca um amor verdadeiro
Para se entregar de corpo inteiro
E peço pela que perdeu a emoção
Aquela que não tem mais paz dentro do coração
E rogo, imploro, por aquela que ama
E que não correspondida, vive uma vida sofrida
Aquela que perdeu o seu amor
E por isso, sua alma se fechou
Por todas que a droga destruiu
Por tantas que o vício denegriu
Suplico por aquela que foi traída
Por várias que são humilhadas
E pelas que foram contaminadas;
 
Mãe,
quero pedir por todas nós
Que somos o sorriso e a voz
Que temos o sentimento mais profundo
Porque fomos escolhidas tanto quanto você
Para gerar e, apesar de qualquer coisa,
Amar...
Independente de quem forem nossos filhos
Feios ou bonitos
Amáveis ou rebeldes
Perfeitos ou deficientes
Tristes ou contentes
 
Mãe,
ajuda-nos a continuar nessa batalha
Nessa guerra diária
Nessa luta sem fim
Ajuda-nos a ser feliz como a gente sempre quis
Dai-nos coragem para continuar
Dai-nos saúde para ao menos tentar
Resignação para tudo aceitar
Dai-nos força para suportar nossas amarguras
E apesar de tudo
continuarmos a ser sinônimo de ternura;
 
Perdoa-nos por nossos erros
E por nossos insistentes apelos
Perdoa-nos também por nossas revoltas
Nossas lágrimas e nossas derrotas
E não nos deixe nunca mãe, perdermos a fé
E sempre que puder
Peça por nós ao Pai
E lembre-lhe que quando ele criou EVA
Não deixou com ela nenhum mapa de orientação
Nenhum manual com indicação
Nenhuma seta indicando o caminho correto
Nenhuma instrução de como viver
De como, a despeito de tudo vencer
E mesmo assim.....conseguimos aprender.
Amém!
 
 DEDICADO A VOCÊ MULHER, PORQUE SER MULHER...
É SEMPRE SER VENCEDORA!!!!
Silvana Duboc
publicado por umolharfeminino às 19:29 link do post
29 de Janeiro de 2010

Foi de repente, nem deu para precisar
o momento exato...Quando dei por mim
já não era cego, já não era surdo,
já não era mudo, já não era triste.
Enxergava, ouvia, falava
e vibrava de contentamento.
 
Você chegou de repente, de mansinho,
como quem não queria nada
e mudou completamente a minha vida.
 
Trocou o cinza opaco do meu céu,
por um azul celeste tão suave.
E de quebra pintou um arco-íris
dentro de minha alma, do meu coração,
devolvendo-me a perdida esperança.
 
Deu aos meus dias um sabor inusitado,
uma noção privilegiada aos detalhes da vida.
Aprendi ver alegria em tantas coisas
que antes entendia serem apenas tristes.
Que um dia e suas vinte e quatro horas
é demasiadamente curto para dois seres,
que se amam com paixão e loucura.
 
Eu que havia jurado nunca mais amar
não resisti e quebrei a minha jura.
Estou apaixonado, graças a você,
Que de repente me trouxe tanto amor
Mario neves
publicado por umolharfeminino às 01:04 link do post
25 de Janeiro de 2010

 
 
 
 
 
Soberano Deus, te agradeço por este dia.    
Muito obrigado por poder ver e ouvir esta manhã.
Sou abençoado (a), porque és um Deus compreensivo e de perdão. Tu tens feito tanto por mim, abençoando-me a cada dia.
Perdoa-me por tudo que te tenho feito, dito ou pensado que não seja agradável a Ti. Agora, peço Teu perdão. Mantém-me seguro (a), afastado (a) de todo o perigo. Ajuda-me a começar este dia com uma nova atitude e muita gratidão. 
Deixa-me fazer o melhor a cada momento, para clarear minha mente e, assim, poder fazer a Tua vontade. Expande a minha mente para que eu possa aceitar todos os Teus desígnios. Não permitas que me lamente das coisas sobre as quais não tenho controle.
Permite-me continuar vendo o erro através dos Teus olhos, Senhor, e que possa reconhecer o mal. E quando cometer falhas, permita-me arrepender-me e confessar para Ti meu mau procedimento e, assim, receber o Teu perdão. 
Quando este mundo se fechar dentro de mim, deixa-me recordar o exemplo de Jesus, para ir para longe e encontrar um lugar afastado para Te buscar e orar. Esta é a melhor resposta quando me empurram além dos meus limites. 
Sei que quando não posso orar, Tu escutas meu coração. Continua utilizando-me para fazer a Tua vontade. Continua abençoando-me para que eu possa abençoar outras pessoas. Obrigado por minha Salvação através do Senhor Jesus Cristo. 
Mantém-me forte para que eu possa ajudar os fracos. Mantém meu ânimo elevado para que possa ter palavras de consolo para o outro. Rogo pelos que se perdem e não podem encontrar seu caminho e salvação. Rogo pelos que sofrem mau juízo e não são entendidos. Rogo pelos que não Te conhecem intimamente. 
Rogo pelos que não acreditam nesta mensagem e não a compartilham com os outros.
Rogo pelos que não crêem. Mas Te agradeço, porque eu creio. Creio que Tu mudas as pessoas e as coisas.
Rogo por todos os meus semelhantes.
Rogo por cada membro da família e seus lares. 
Rogo pela paz, o amor e a alegria dentro das famílias. Que estejam sem dívidas, e todas as suas necessidades sejam supridas.
Rogo para que cada pessoa que leia esta oração saiba que não há problema, batalha, adversidade, circunstância ou situação maior que o Senhor! 
Rogo para que esta oração seja recebida no coração de cada um que a leia, não que apenas a leia, para que cada olho que a veja ou cada boca que a proclame confesse-a, disposto: "Esta é a minha oração.
Em nome de Jesus." 
Amém!
"Dialogar com Deus é atitude introspectiva e pessoal, logo, dispensa a participação de intermediário. Saber pedir, através da prece, implica inicialmente no exercício da humildade e paciência." (Vitor Ronaldo Costa)
publicado por umolharfeminino às 21:06 link do post
23 de Janeiro de 2010

Estamos unidos em espírito, pelos laços do coração iniciado na Luz.
Juntos, somos mais fortes; aspiramos e respiramos o sopro vital na mesma. Muitos dizem que não se deve misturar egrégoras de trabalhos diferentes, porém, quando o Amor se manifesta, desaparece qualquer ideologia doutrinária e só fica o que interessa: a LUZ.
O dia em que os homens despertarem para climas mais universalistas e cosmoéticos, com certeza esse mundo será melhor de viver.
Viva a LUZ, pouco importa o nome, o grupo ou a doutrina que fale dela. E viva os mentores espirituais que ajudam a todos, independentemente de credo, raça ou cultura esposada.'
Quando rimos juntos, também dissolvemos a tristeza de outros, algures... Quando irradiamos energias juntos, soltamos antigas escamas psíquicas, nossas e de outros seres, e os nossos chacras ficam em festa.
Cada um de nós carrega limitações, bloqueios, confusões e coisas estranhas por dentro. Porém, juntos, na atmosfera secreta do mesmo despertar, quem é que liga para isso?
Só queremos unir os corações na mesma Luz e fluir algo bom; para que todos simplesmente se sintam felizes e integrados, como companheiros dos mesmos ideais espirituais.
Há consciências extrafísicas que vêm de muito longe, para sustentar o amparo invisível e fluir, juntas a nós, as melhores energias. E elas vêm porque sabem que quando estamos juntos, somos um sol!
Muitas vezes, nossos entes queridos, que hoje moram em outros planos de manifestação, também aproveitam nossa reunião e chegam junto! E eles ficam contentes em ver o que estamos realizando nas lides do estudo espiritual.
Há beijos e abraços invisíveis, inspirações e toques secretos, sussurrados espiritualmente aos corações, na sintonia do Eterno.
Pela vontade do Alto, aqui estamos, mais uma vez.
Por nossos corações, iniciados na Luz.
Pelos amparadores extrafísicos, amigos maravilhosos, que jamais nos abandonam nem julgam nossas deficiências. Eles vêem o melhor em cada um de nós.
Pela Vida; pelo Eterno; pelo TODO...

publicado por umolharfeminino às 10:19 link do post
20 de Janeiro de 2010

Não se deixe consumir pelas excitações e nervosismos desses dias tão agitados. Procure fazer tudo com calma.

É compreensível que num tempo em que ainda se afirma que tempo é dinheiro, você tenha os ímpetos comuns da época, quais sejam os de ganhar e ganhar, temendo as necessidades futuras.

É justificável que você corra de um lado para outro, na busca dos bons negócios, da conquista de melhores mercados, na busca, enfim, dos lucros.

É admissível que você não tenha tempo para se alimentar devidamente, para repousar um pouco, para meditar um pouquinho ou para orar.

Entendemos, meu irmão e minha irmã, que cada um dos seus negócios ou cada uma das suas ocupações lhe exija atenção e envolvimentos especiais.

Entretanto, vale a pena não esquecer que tudo isso é secundário para a vida da alma, porque tudo isso vai ficar sobre o pó do mundo.

Foi Jesus que nos recomendou não nos atormentássemos pela posse do ouro, e que a cada dia já bastam seus problemas.

Então, devemos pensar que o corpo físico nos é emprestado enquanto estamos no planeta com os divinos objetivos do progresso espiritual.

Compreendamos, pois, que a calma deve se tornar companhia e conselheira dos nossos dias terrenos, ensinando-nos a fazer tudo com moderação, procurando vincular a mente ao psiquismo celeste, a fim de que não convertamos em tormento e destruição o que deveria ser fonte de vida e de alegria: o tempo.

Aja sempre com calma, para que tenha tempo de pensar bem sobre tudo e de agir bem em tudo que faça.

Alimente-se o mais corretamente possível, preservando o corpo que o ajuda tanto. Dê ao seu corpo e à mente alguns momentos de repouso, para manter a necessária sanidade.

Encontre um tempinho, alguns poucos minutos que sejam, para meditar sobre a sua realidade no mundo, sobre o que é que Deus espera de você, e ore.

Procure sintonizar-se com seu anjo guardião, com os nobres mentores da vida, pelo menos ao iniciar um novo dia de atividades.

Essas providências, ao mesmo tempo em que lhe trarão calma, serão conseqüências do seu estado de calma.

Com calma em seu cotidiano, você evitará as indisposições com terceiros, as irritações na via pública, a agressividade no trânsito da cidade, bem como os estresses desnecessários dentro do lar.

Com calma você entenderá cada ocorrência a sua volta e cada pessoa em seu caminho.

Nada você perderá pelo uso da calma em sua trajetória humana, pois, longe de alimentar-se da idéia materialista de que tempo é dinheiro, você começará a pensar que, fundamentalmente, tempo é oportunidade, e que você deverá aproveitá-la para o melhor.

Mesmo que deixe de lucrar algumas poucas moedas, no jogo enlouquecido das competições, você conquistará harmonia e saúde, a fim de prosseguir na rota da felicidade que tanto deseja.

Seja qual for a situação cotidiana que o convide à ação, à tomada de atitude, faça-o com calma, com muita calma, e aguarde os resultados excelentes em clima de paz.


A inteligência é rica de méritos para o futuro, mas, sob a condição de ser bem empregada.

Se todos os homens que a possuem dela se servissem de conformidade com a vontade de Deus, fácil seria, para os espíritos, a tarefa de fazer que a humanidade avance.

publicado por umolharfeminino às 18:02 link do post
19 de Janeiro de 2010

Tenho amigos que não sabe o quanto são meus amigos. Não percebem o amor
que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles
A amizade é um sentimento mais nobre que o amor, eis que permite que o
objetivo dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco
o ciúme, que não admite a rivalidade.
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem  morrido todo os
meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto
minha vida depende de suas existências…
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida, porque não
os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles.
Eles não iriam acreditar! Muitos deles estão lendo esta crônica e não
sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é
delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os
procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me
são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital,
porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se
tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que sem que eles saibam,
eu rezo pela vida deles.
E me envergonho porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao bem
estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamento sobre alguns deles. Quando viajo  e
fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lagrima por não
estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer… Se alguma coisa
me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite
ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo,
vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só
desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus verdadeiros amigos!!!
A gente não faz amigos, reconhece-os!!!
publicado por umolharfeminino às 18:45 link do post
17 de Janeiro de 2010

A história do casal centenário formado por Abdullah e Elif virou símbolo de amor eterno na Turquia.
Abdullah Adiguzel, nascido em 1898, e sua mulher, Elif, nascida em 1900, se apaixonaram quando jovens e asseguram que nunca tiveram problemas no casamento em todo este tempo de convivência.
"Nós queremos muito. Nunca tivemos problemas em 90 anos. Só temos um último desejo: morrermos juntos. Porque se um de nós morrer, o outro sentirá que perdeu sua outra metade", explicou Elif à agência turca Anadolu.
O filho mais jovem do casal, Ismail, 60 anos, que ainda mora com eles, afirma que os pais são um "exemplo de amor" e de "casamento perfeito", não só para a família mas para todos que os conhecem.
"Sempre foram fiéis. Nunca vi fazerem mal um ao outro. Frequentemente dizem que, se um deles morre, o outro lhe seguirá" explica o filho.
Elif, muito mais faladora do que seu marido, afirma que se "casaram por amor". Um amor que tem reflexos de continuar por muito tempo ainda. "Meu marido não ouve bem já faz alguns anos, mas este é o único problema de saúde que tem. Em meus 110 anos de vida, a única cirurgia que fiz foi de cataratas", explicou Elif.
A mulher deu à luz dez filhos, dos que sete ainda estão vivos. A família continua aumentando e soma 113 membros entre netos e bisnetos e, cada ano, em algumas ocasiões especiais e durante as festas religiosas, todos se juntam no pequeno povoado de Yazibasi, na província oriental de Malatya, onde vivem Elif e Abdullah.
O homem completará 113 anos no mês que vem e conserva vivas lembranças de tempos muito antigos. Tanto ele como sua mulher nasceram quando seu país era ainda Império Otomano e juntos viveram a queda dos sultões, a fundação da moderna República da Turquia e várias guerras.
Por exemplo, Abdullah se recorda perfeitamente da Primeira Guerra Mundial e de como, anos depois, em 1920, fez o serviço militar em Dardanelos, e teve de cavar novas trincheiras onde ainda permanecia viva a destruição de uma das batalhas mais sangrentas da Primeira Guerra Mundial.
"Estou muito feliz com minha mulher. Ambos nos apoiamos em tudo ao longo de nossas vidas", conta.
O simpático casal acha que o segredo de sua longa vida está na alimentação natural e saudável que sempre tiveram.
"Comemos coisas do povo. Antes, tudo tinha seu próprio sabor. Mas nos últimos anos já não encontro esses velhos sabores. Deixei de comer verduras porque cheiram a remédios. Acho até que o pão que fazemos em casa não é igual ao de antes", explica Elif.
Provavelmente há um grande amor no casal de Yazibasi, mas também é certo que, nos povos da Anatólia rural, os casamentos duram até a morte de um, como demonstra um dos refrães dessa geografia: "Entrarás à casa de teu marido com um vestido branco de noiva, mas só sairás envolvida em uma branca mortalha".
No entanto, a história de Elif e Abdullah, talvez lhe cole mais o desejo que se formula aos casais nas bodas tradicionais da Anatólia: "Bir yastikta kocayin", o que significa: "Envelhecei com vossas cabeças sobre um só travesseiro".
publicado por umolharfeminino às 22:09 link do post
16 de Janeiro de 2010

 

 
 Assoviava feito passarinho!

 Canções dolentes, ligeiras,
românticas, canções de amor!
 
Assoviava o clássico, o popular,
o erudito, o Bolero de Ravel,
as sinfonias de Bach,
até a Marselhesa! 
 
Mas um dia emudeceu,
uma dama malvada
matou o canarinho,
que havia dentro dele.
 
Alguém afirmou uma vez:
“O amor não é eterno “.
Que bom que não é eterno!
 
Porque se ele fosse eterno
quando não correspondido,
o sofrer seria eterno também.
 
O amor recicla, renova,
sofre, chora e se supera
no broto de outro amor!
 
Por isso de repente...
o assoviador apaixonado,
vai arrancar do peito
de novo o seu assovio.
 
Um pássaro emudece
quando troca de penas,
um apaixonado
quando muda de amor!
Mario Neves

 
publicado por umolharfeminino às 15:43 link do post
14 de Janeiro de 2010

Hoje, aos 42 anos, é que percebo o quanto vivi minha vida para os outros. Primeiro para os meus pais, depois para minha irmã, meus amigos, minha primeira grande paixão, meus outros casos, meu marido, a família do meu marido, meus filhos, meus novos amigos, conhecidos... Sempre vivendo para os outros, tentando agradar, me anulando como pessoa e como mulher, deixando de ser um indivíduo, deixando me depreciar, apenas para agradar aos outros.
É hoje sinto a infelicidade, a frustração de sentir que os outros não me consideram nada, apenas uma revoltada que decidiu falar e tentar reconstruir a sua vida, doa a quem doer. Fiz uma promessa a mim mesma: não irei mais me anular nem como pessoa e nem como mulher. Lutarei para ser alguém, para ser eu mesma, para voltar a ter minha individualidade e minha dignidade. E para isso preciso falar, contar, cuspir para fora a minha história, as minha mágoas, os meus sentimentos/tormentos. Infelizmente tudo isso não é bonito, mas alguém precisa dar o primeiro passo, mesmo sendo na escuridão, sem saber aonde vai se pisar e o que ou quem vai encontrar...
Sofri abuso sexual do meu pai durante vinte (20) anos. Na verdade poderá ser mais tempo, mas
a minha nítida lembrança é dos seis (06) anos aos vinte e seis (26), quando eu já estava prestes a casar e quando fui violentada por ele. Para minha “sorte”, eu já havia escolhido o meu primeiro homem, então a frustração foi a dele. Durante vinte (20) anos da minha vida vivi cercada de medo, de pavor; sofri não só a violência sexual, assim como a violência e a tortura emocional. Tentativas de me comprar, ameaças de todos os tipos. A pior de todas foi que se eu não me submetesse a ele, a próxima da filha seria a minha irmã, minha querida irmãzinha, doze (12) anos mais nova, um anjo na minha vida. Então, tive que me calar e aceitar. O pior e o mais triste é que minha mãe sabia de tudo e nada fez, me rejeitando, ficando ao lado do meu pai.
Mas o pior de tudo mesmo foi a vergonha, o nojo, a baixa estima que sentia de mim mesma. Não passava em frente aos garotos, nunca ia a uma festa, não me tocava, não me lavava no banho, cheirava (fedia mesmo) muito mal, afastando as pessoas de mim e sendo “chacota” de muitos. De ótima aluna passei à medíocre. A depressão tomou conta do meu ser e, sinceramente, não sei como não cometi um suicídio ou procurei as drogas.
Sexo para mim era um suplício! Não sentia vontade, prazer, só muito desconforto e dor. Somente a obrigação de agradar. Ao ponto de pedir ao meu marido para procurar uma amante e manter com ele (eu e o meu marido) relações, muitas vezes, uma vez por ano.
Paguei caro com a saúde física pela falta de saúde emocional. A depressão não me deixava, comecei a ter problemas de sono, de ansiedade. Não conseguia fazer mais nada por mim e nem por minha família. O stress aflorou com tudo, engordei trinta e oito (38) quilos e aí não saía nem à rua, com tanta vergonha de mim mesma. Deixei o meu trabalho, a minha carreira, os meus estudos, a minha família. E passei anos deitada numa cama, me “entupindo” de remédios de tarja preta, sem vontade de nada!
Mas ao fazer quarenta e dois (42) anos entrei realmente em crise e me achei velha, acabada e vencida. Então percebi que só tinha duas saídas: viver ou morrer. E eu resolvi viver. Comecei a me revoltar, a me defender, a ser sincera (principalmente comigo mesma). Só para variar, a agradar a mim mesma. A não me anular mais. Só com essa resolução senti que ganhei respeito meu e de alguns outros e, em menos de seis (06) meses, emagreci vinte (20) quilos, sem regime, sem esforço, sem exercícios, sem mudança de hábitos alimentares. E pretendo emagrecer muito mais, e poder me olhar no espelho sem me sentir humilhada e com vergonha. Apesar de não sentir pleno prazer sexual, sexo deixou de ser uma tortura para mim, e, está virando prazeroso. Minha estima aumentou. Tanta coisa está ainda prestes a mudar... E eu vou lutar com todas as minhas forças, vou me amar e me respeitar e ser respeitada e amada por outros
.
Minha história reflete, espelha a história de muitas crianças/adolescentes. Com uma única diferença: as crianças/adolescentes crescem e passam dos quarenta (40). Infelizmente só ouvimos falar de histórias sobre os menores, realidade essa muito cruel e triste. Nada sobre o sofrimento de mulheres adultas, somente das crianças. É para elas que se cria proteção, leis (na minha época não existia nada disso, este tipo de assunto era um tabu). É para elas que vai a pena, a consideração, a indignação.
E é por isso que eu, sempre tão introspectiva, resolvi me expor, contar a minha história. Com a intenção de “sacudir” outras mulheres maduras que passaram, passam por esse problema, NÃO, por essa tortura. Muitas delas, assim como eu, não estão vivendo, estão sobrevivendo. A sociedade precisa “acordar” e nos ajudar, estender a mão. Somos capazes como qualquer outra, não podemos nos negar. Precisamos de ajuda, de compreensão, de respeito e de muito carinho e amizade.
Esse apelo é para que as outras mulheres dêem o seu grito, peçam
ajuda e se ajudem. Vamos parar de nos esconder e tentarmos ser felizes. Vamos nos juntar, unir, formar uma associação ou uma instituição ou uma ONG. Se lutarmos por nos, poderemos lutar pelos outros. Vamos divulgar a nossa dor, a nossa luta e, principalmente, a nossa vitória. Só assim, finalmente, viveremos.

PS: Por favor, divulguem o meu apelo. Somente aqueles que passam por uma situação dessas, sabem o valor da ajuda e da compreensão de outras pessoas. Talvez, se naquela época eu tivesse algum tipo de ajuda, a quem recorrer, hoje a minha vida teria uma qualidade muito melhor.

Obrigada.

 Bya Alburquerque

publicado por umolharfeminino às 11:26 link do post
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